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sábado, 9 de fevereiro de 2019

Um duro golpe na indecisão de Getúlio Vargas


Vargas na reunião com ministros que decidiu pela entrada na guerraDécadas depois de o presidente Getúlio Vargas enviar a Força Expedicionária Brasileira ao front europeu, as razões que levaram o País a entrar na SegundaGuerra Mundial ainda são alvo de grandes discussões. Durante muitos anos – e principalmente no período do conflito –, o Brasil posicionou-se como uma vítima de uma série de atentados inesperados, covardes e traiçoeiros, impelida pelas circunstâncias a lutar por sua honra e a buscar a vingança nos campos de batalha.
Uma análise mais distanciada da emoção que tomou conta da nação naquele agosto de 1942, quando mais de 600 brasileiros morreram nos afundamentos de cinco navios na costa nordestina, mostra que, sim, o Brasil foi vítima de atentados covardes e traiçoeiros. Entretanto, levando-se em conta a postura do governo brasileiro, tais ataques nunca poderiam ser classificados – como foram – de inesperados.
Desde os primeiros anos do conflito mundial, deflagrado em 1939, o Brasil mantinha-se oficialmente como um país neutro. Mais próximo ideologicamente dos regimes totalitários alemão e italiano do que da democracia norte-americana, o ditador brasileiro era visto na política internacional como um possível parceiro do Eixo caso resolvesse tomar partido no conflito. Apelidada de “Polaca”, a Constituição outorgada por Vargas em 30 de novembro de 1937, inclusive, inspirava-se nas leis fascistas do polonês Józef Pilsudski, morto em 1935, e incluía artigos claramente copiados do regime italiano de Benito Mussolini, o que aproximava ainda mais o Brasil das ditaduras europeias, ao menos do ponto de vista ideológico. Outro fato que demonstrou a proximidade com o Eixo foi a deportação, a pedido de Berlim, da judia Olga Benário, militante comunista de origem alemã, companheira de Luís Carlos Prestes.
Por outro lado, a presença de Oswaldo Aranha, ex-embaixador do País em Washington e, desde 1938, ministro do Exterior, garantia aos Estados Unidos um sólido alicerce dentro do governo brasileiro. Além disso, durante os primeiros anos do conflito, as vantagens comerciais oferecidas pelo livre comércio, o financiamento da Companhia Siderúrgica Nacional e o aparelhamento militar brasileiro com recursos americanos – apenas para citar algumas razões – aproximaram decisivamente o Brasil dos Estados Unidos.
Até Walt Disney fez sua parte para promover a aliança entre os dois países. Hospedado no Copacabana Palace Hotel, no Rio, no começo dos anos 1940, o produtor e cineasta americano criou o personagem Zé Carioca, um retrato estereotipado do brasileiro, visto pelos irmãos do norte como um sujeito preguiçoso, mas, ao mesmo tempo, divertido. Em 1941, a criação do Ministério da Aeronáutica e da Força Aérea Brasileira, também com participação decisiva americana, selou de vez um possível pacto em caso de entrada dos dois países na guerra.
No fim daquele mesmo ano, em dezembro, o ataque japonês a Pearl Harbor precipitou o ingresso dos Estados Unidos no conflito. Um mês depois, em janeiro de 1942, o Brasil rompeu relações diplomáticas com o Eixo. O gesto, que enfureceu Adolf Hitler, foi o marco para a escalada de agressões e intimidações que se seguiram, tornando irreversível a opção de Getúlio Vargas pelo lado norte-americano.
No início de 1942, os alemães realizavam uma intensa campanha submarina no Atlântico, a chamada operação Rufar dos Tambores (Paukenschlag), visando a impedir a chegada de suprimentos à indústria bélica americana. Após o rompimento de relações diplomáticas entre os dois países, os navios brasileiros – muitos deles carregados de borracha, usada em esteiras de tanques e em correias de motores – passaram a ser vistos como alvos extremamente aprazíveis para os submarinos nazistas.
Em 15 de fevereiro, o cargueiro Buarque foi o primeiro a ser atacado, próximo à costa americana. Depois disso, seguiu-se uma série de torpedeamentos a embarcações nacionais. Até julho, 15 navios brasileiros haviam sido atingidos, todos fora da costa do País, totalizando 136 mortos.
Àquela altura, os diplomatas alemães já não se esforçavam para justificar supostos enganos nos ataques a embarcações brasileiras. Nas entrelinhas, a mensagem era clara: não havia engano algum – e o Brasil estava pagando o preço por sua escolha.
Para que Getúlio se desse por conta de que não havia como voltar atrás em sua opção pela trincheira aliada, faltava apenas um acinte à soberania nacional, um ataque deliberado a uma cidade brasileira ou a embarcações nacionais na costa do País. Entre 15 e 17 de agosto, Hitler deu a Vargas o empurrão que faltava para que este descesse do muro de sua hesitação.
Após o torpedeamento de cinco navios na costa nordestina, em um intervalo de menos de 72 horas, o povo tomou as ruas e exigiu a entrada do Brasil na guerra. Por todo o território nacional, estudantes, sindicalistas, políticos e empresários manifestaram sua revolta contra os atentados.
Em várias cidades, empreendimentos comerciais pertencentes a imigrantes do Eixo foram depredados. Placas com nomes italianos foram arrancadas e bandeiras nazistas, queimadas em praça pública. No Rio de Janeiro, estudantes passaram a perseguir os colegas de origem italiana, alemã e japonesa. Sem saída, Getúlio Vargas declarou estado de beligerância ao Eixo em 22 de agosto.
Curiosamente, repetia-se o roteiro de 1917, quando, depois de ataques de submarinos alemães a vapores brasileiros, o País decidira entrar na Primeira Guerra Mundial. Na ocasião, forçado por uma imensa revolta popular, o presidente Venceslau Brás optou pela trincheira aliada. Vinte e cinco anos depois, chegava a hora de Getúlio Vargas tomar uma atitude. Com o orgulho novamente ferido por um U-Boot, o Brasil abandonou definitivamente a neutralidade e, em 31 de agosto, declarou guerra à Alemanha e à Itália.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

U-507, um pirata à espreita no litoral brasileiro

Schacht comandou ofensiva nazista contra navios brasileiros em 1942
Harro Schath
Sexta-feira, 14 de agosto de 1942. Passam apenas cinco minutos da meia-noite. Em um ponto próximo ao Cabo de Santo Agostinho, no litoral pernambucano, o submarino alemão U-507 avista uma embarcação iluminada, sinalizada possivelmente em função da baixa visibilidade na região. A chuva, acompanhada de um forte vento, reduz o campo de visão para apenas 4 milhas marinhas. Acreditando tratar-se de um navio inimigo, Harro Schacht ordena a aproximação. Contudo, à medida que consegue chegar mais próximo da possível presa, percebe tratar-se de um mercante argentino, sinalizado como embarcação neutra. Devido à luminosidade escassa, Schacht não identifica o nome do navio, mas, de toda forma, sabe que não há razão para um ataque. Assim, decide voltar ao antigo curso. Metódico e disciplinado, o oficial de 34 anos está irritado com a série de falhas ocorridas recentemente em seu submarino. Durante a patrulha anterior, no Atlântico Norte, diversos problemas nos armamentos prejudicaram a eficiência bélica do U-boot. Por isso, o comandante inicia agora uma checagem geral na sala de torpedos de proa.
O interior do U-507 é dividido em cinco compartimentos consecutivos. De trás para a frente – no jargão marítimo, da popa para a proa –, primeiro, há a sala de torpedos traseira, que também serve como área de alojamento da tripulação. Em seguida vêm a cabina de baterias, também usada como estalagem dos oficiais e onde fica um pequeno banheiro; a sala de controle, localizada bem no centro da embarcação; o compartimento de máquinas, onde estão os motores elétricos e a diesel; e, finalmente, a sala de torpedos de proa, que também serve de alojamento a alguns marujos. Cada divisão tem entre cinco e sete metros de extensão por cerca de quatro metros de largura, com passagens estreitas entre elas, algumas em formato circular.
A classe IX, da qual faz parte o U-507, é a mais avançada da Kriegsmarine em termos tecnológicos. Os espaços internos são planejadamente ocupados, e as paredes, recobertas por canos, válvulas e mostradores. No teto, há locais onde são armazenadas dezenas de colchonetes. Com cuidado, Schacht examina a barulhenta e quase insuportavelmente abafada casa de máquinas. Cada mostrador é analisado demoradamente pelo capitão, que sente o suor escorrer-lhe em abundância pelo rosto, diante dos olhares atentos de dois auxiliares.
Nascido em 1907, em Cuxhaven, o comandante do U-507 iniciou sua carreira naval muito jovem, em 1926, aos 19 anos, como aspirante a oficial. Ao servir nos cruzadores Emden e Nürnberg, Harro Schacht conseguiu tanto destaque entre os colegas que, em 1936, após alcançar os postos de alferes, cadete, segundo e primeiro-tenente, foi chamado para assumir um posto importante no Oberkommando der Marine, o alto comando da Marinha alemã, já na condição de capitão-tenente. No entanto, os gabinetes não combinavam com o seu estilo.
Apesar da proximidade do poder, a rotina enfadonha dos telefones e das máquinas de escrever não lhe seduzia. Depois de cinco anos no OKM, Schacht agora dá as ordens em um submarino IX-C, a segunda classe de U-boats em importância na Marinha de Guerra alemã, a chamada Kriegsmarine. Desde 1941, após um período de treinamento em alto-mar e de uma breve patrulha no U-522, sob tutela do comandante Erich Topp, ele lidera o U-507, que navega no Atlântico com outros 47 marinheiros. Casado, Schacht deixou a esposa em Hamburgo. Apesar de serem parte da elite militar alemã, trancados em um grande tubo de metal, os marujos precisam lidar com a falta de alguns itens básicos, como um simples banho, para eles considerado um luxo em dias de guerra. Com o submarino no mar desde 4 de julho, eles estão há mais de um mês sem enxergar um chuveiro.
 Além do próprio cheiro exalado pelo funcionamento do U-boot, o odor na cabine mistura fumaça de cigarro, suor e outros aromas corporais que tornam a sobrevivência um permanente teste para o estômago. Por isso, nos submarinos, ao contrário do Exército, da Força Aérea e até mesmo de outras embarcações da Marinha alemã, não há uma preocupação em relação ao uniforme – para suportar o calor com alguma dignidade, a maioria dos soldados veste apenas calça com suspensório e camiseta. E, neste aspecto, Harro Schacht mantém uma silenciosa condescendência para com os seus subalternos. Fabricado em 1940, o submarino tem 1.120 toneladas de deslocamento na superfície, com 76,76 metros de comprimento. Movido por uma combinação de motores diesel e elétrico, quando submerso só pode usar a propulsão elétrica, que, ao contrário dos motores a combustão, não precisa de ar.
Em contrapartida, a navegação submersa se dá a uma velocidade bastante inferior, a apenas 4 nós, cerca de 7,5 quilômetros horários, enquanto, na superfície, a diesel, o U-507 pode alcançar 10 nós, ou 18,5 quilômetros por hora. Contudo, o principal está nas duas pontas da embarcação: na proa e na popa, duas salas podem carregar, juntas, até 22 torpedos, cada um deles capaz de afundar um navio de grande porte.
Apesar de jovem, Schacht pode ser considerado um comandante experiente. Até chegar à sua terceira patrulha pelo Atlântico Sul, já atacou 10 embarcações inimigas, provocando o afundamento de nove delas. Por isso, a ordem que recebeu há alguns dias foi encarada com naturalidade. Em 7 de agosto, o comandante das operações no Atlântico, Karl Dönitz, enviou-lhe por rádio uma mensagem autorizando-o a usar “manobras livres” ao longo da costa brasileira. Em outras palavras, diante da escalada de hostilidades entre Brasil e Alemanha desde o rompimento das relações diplomáticas, não há mais qualquer restrição a ataques a navios brasileiros, tanto em alto-mar quanto em regiões próximas à costa. Pouco mais de dois anos antes, em 15 de maio de 1940, Dönitz realizou uma espécie de teste no Atlântico, com apenas um submarino. O U-37, primeiro submersível a deixar a costa da Noruega após a invasão do país, ordenada por Adolf Hitler em 1º de março, na Operação Weserübung, foi enviado ao Atlântico para medir a vulnerabilidade da esquadra britânica. Usando torpedos e armas de convés, em apenas duas semanas conseguiu afundar 11 navios mercantes inimigos. O teste foi um sucesso. Além de minar a confiança inglesa, a ação levantou o moral dos alemães.
Karl Doenitz (à esquerda) e Adolf Hitler
Karld Doenitz e Adolf Hitler
Radiante, Dönitz mandou preparar duas flotilhas de submarinos para uma operação muito maior e mais bem planejada. O fato, somado ao afundamento do couraçado alemão Bismarck, um gigante de 42 mil toneladas, no ano anterior, no Estreito da Dinamarca, contribuiu para que os nazistas decidissem mudar de estratégia, passando a apostar nos U-boots como sua principal arma contra os comboios aliados. Agora, a Alemanha mantém um verdadeiro arsenal submarino – e o Brasil também está na sua mira.
Harro Schacht é o legítimo ariano, como nos melhores sonhos de raça pura do führer. Louro, olhos claros, pele branca e lisa como seda, cabelo fino e repartido como o de Hitler, Schacht já se mostrou destemido, dedicado e impiedoso em ação, o típico oficial disposto a qualquer coisa pelo Terceiro Reich. Em sua mesa no comando das operações navais, em Berlim, Karl Dönitz sabe que a tarefa que acaba de transmitir – aniquilar qualquer coisa que se mova nas águas territoriais brasileiras – está em boas mãos.
Decidido e abnegado, o capitão de corveta sabe ser implacável quando a situação assim o exige. Suas feições frequentemente rudes e seu olhar severo lembram o líder supremo nazista, transparecendo uma força de comando e persuasão quase hipnótica sobre os marujos – exatamente como o führer. Na batalha, Karl Dönitz projeta em Harro Schacht um soldado insensível, quase desumano. Na guerra, é preciso haver homens desse tipo.

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

1942, o ano em que a guerra bateu à nossa porta

Para entender o contexto dos acontecimentos relatados no livro "U-507 - O submarino que afundou o Brasil na Segunda Guerra Mundial", é preciso situar-se em uma época completamente diferente, principalmente dos pontos de vista cultural e tecnológico. Sete décadas atrás, as fontes de informação resumiam-se ao rádio e aos jornais.

A TV só chegaria ao Brasil em 1950, trazida pelo empresário Assis Chateaubriand e, ainda assim, estava longe do que se pode chamar de veículo de comunicação de massa, uma vez que, inicialmente, poucos eram os brasileiros que tinham condições de adquirir a novidade. Já a Internet não existia nem nos melhores sonhos dos mais ousados inventores da época.

Se hoje é possível ouvir rádio no carro, no celular ou via satélite, nos anos 1940, o – ainda hoje – mais ágil dos meios de comunicação não tinha agilidade alguma. Maior parte dos modelos de aparelhos valvulados, que pesavam o mesmo que um fogão, raramente saía da sala de estar, onde as famílias reuniam-se para ouvir música – Tico-tico no fubá, composta em 1917 por Zequinha Abreu, era um dos sucessos da época, regravado por Carmen Miranda em 1939 – ou as últimas notícias do mundo lá fora.

O transistor, que possibilitaria a criação de aparelhos menores, só surgiria em 1947, dois anos depois do fim da Segunda Guerra. Já o primeiro rádio de pilha e portátil só foi apresentado ao mundo em 1954.

Os jornais também desempenhavam um grande papel na disseminação das informações entre a população. Entretanto, pelo fato de chegarem às casas dos leitores com pelo menos um dia de atraso em relação ao exato momento em que os fatos se sucediam – ao contrário do rádio, da TV e da Internet, que hoje conseguem ser quase instantâneos –, os diários contribuíam, como os carros de boi e as poucas estradas pavimentadas, para a letargia das notícias até sua chegada à população em todo o território nacional.

Como se não bastasse, informações relacionadas a assuntos nacionais eram controladas pelo Departamento de Imprensa e Propaganda, órgão do governo federal. Como todo ditador que se preze, Vargas vigiava cuidadosamente o trabalho da imprensa.

Nos anos 1940, o mundo, definitivamente, era muito diferente dos dias atuais. Mesmo em cidades quentes e litorâneas como a então capital federal, Rio de Janeiro, a maioria dos homens vestia-se com alguma classe, trajando ternos bem alinhados, que muitos combinavam com elegantes chapéus. Entre as mulheres, eram comuns os chapéus e os lenços.

Nas ruas, roncavam automóveis importados, montados no Brasil, como o Ford Lincoln, o Chrysler Airflow e o Chevrolet “Cabeça de Cavalo”.

Na guerra, como no dia a dia, as coisas também eram muito diferentes. Se hoje os conflitos são travados com mísseis supersônicos, durante a Segunda Guerra os embates se davam com tanques, canhões, revólveres, pistolas, submetralhadoras e granadas.

Nas águas, palco da carnificina dos navios Baependy, Araraquara, Aníbal Benévolo, Itagiba e Arará, o sonar – instrumento usado na detecção de obstáculos sob a água – não era tão eficiente e raras eram as embarcações que contavam com o dispositivo. Somente a partir de 1943 é que a tecnologia seria aperfeiçoada, ajudando a localizar e neutralizar os submarinos alemães.

Além do próprio sonar, que mais tarde passaria a detectar até mesmo U-Boots (abreviação de “unterseeboot”) com motores desligados, os aliados ainda aperfeiçoariam seus sistemas de radar e desenvolveriam equipamentos capazes de localizar os submarinos a partir de suas transmissões de rádio. Contudo, até que isso acontecesse, centenas de navios – como os brasileiros – e milhares de pessoas já haviam sido sacrificados pelos ataques dos submersíveis.

De dentro das embarcações inimigas, os nazistas monitoravam as transmissões de rádio dos navios aliados, especialmente nas frequências de emergência internacional. Graças à interceptação de mensagens telegráficas e de informações repassadas pelo serviço secreto alemão, os comandantes sabiam se havia barcos em seu raio de ação e, depois de localizá-los – alguns U-boots (em inglês, “U-boat”, de “undersea boat”) dispunham de radares –, apenas aguardavam o momento exato de disparar seus torpedos.

Do outro lado, sem detectar a presença inimiga, as embarcações aliadas tornavam-se alvos fáceis quando localizadas. Sem perceberem a proximidade dos submarinos, eram rastreadas por horas sem desconfiar de nada, até serem impiedosamente atacadas, sem a menor chance de defesa.

Ao ler este livro, imagine-se dentro desse ambiente, diferente, mas dolorosamente real, no contexto de um conflito que viria a ser o mais letal de todos os tempos, causando a morte de 70 milhões de pessoas. A seguir, confira alguns dos principais fatos de 1942, o ano em que entramos em guerra.



Brasil

•       Inaugurada a Ponte das Bandeiras, em São Paulo. Com um vão de 60 metros sobre o rio Tietê, a estrutura custou à Prefeitura 4.500 contos de réis.

•       Em 5 de julho, é inaugurada a cidade de Goiânia.



Política

•       Em 9 de agosto, Mahatma Gandhi é preso, junto com outros dirigentes do Congresso Nacional da Índia.



Música

•       Em 7 de agosto, nasce Caetano Veloso.

•       Nas rádios, Ataulfo Alves faz sucesso com o samba Ai, que saudade da Amélia, parceria com Mário Lago.

•       Nos Estados Unidos, o trompetista Dizzy Gillespie compõe A night in Tunisia, considerado até hoje um dos maiores clássicos do jazz.

•       Surge White Christmas, de Bing Crosby, uma das canções de Natal mais executadas em todos os tempos, com mais de 50 milhões de cópias vendidas.



Cinema

•       Lançados o filme Casablanca e o desenho animado Bambi, de Walt Disney.

•       Nos cinemas do Brasil, um dos filmes em cartaz é O grande ditador, de Charlie Chaplin, lançado em 1940.



Quadrinhos

•       Lançado em maio de 1939, na revista Detective Comics, Batman aparece no Brasil pela primeira vez, no Globo Juvenil, com o nome de Morcego Negro. Mais tarde, ele passaria a chamar-se Homem Morcego.



Esporte

•       Devido à guerra, a Copa do Mundo não é realizada.

•       Por causa da identificação com o Eixo, o Palestra Itália passa a chamar-se Sociedade Esportiva Palmeiras. O clube, aliás, conquistou o Campeonato Paulista daquele ano.

•       O jornalista Thomaz Mazzoni, de A Gazeta Esportiva, batiza o clássico entre Corinthians e São Paulo de “Majestoso”. O jogo, que marcou a estreia de Leônidas da Silva no Tricolor e terminou empatado em 3 x 3, em 7 de março de 1942, teve um público de 70.281 pessoas no Pacaembu.


Estado/Campeão

AL: CSA

AM: Nacional

BA: Galícia

CE: Ceará

DF: Flamengo

ES: Rio Branco

MA: Sampaio Corrêa

MG: Atlético Mineiro

PA: Paysandu

PB: Ástrea

PE: Sport

PI: Flamengo

PR: Coritiba

RJ: Royal

RN: América

RS: Internacional

SC: Avaí

SE: Cotinguiba

sábado, 5 de maio de 2018

Compre pelo PagSeguro, com FRETE GRÁTIS

Você pode adquirir o livro "U-507" – finalista do Prêmio Jabuti de Reportagem em 2013 – pelo site do PagSeguro, com pagamento por meio de cartão de crédito ou boleto bancário. O FRETE é GRÁTIS para todo o Brasil, na modalidade Registro Módico dos Correios (prazo estimado de entrega de cerca de 10 dias úteis em todo o território nacional). Clique no botão abaixo e compre já! (Você será redirecionado para a página de pagamento do PagSeguro).


domingo, 6 de agosto de 2017

Box lembra os 75 anos de ataque nazista ao Brasil


Há exatos 75 anos, o Brasil declarava guerra à Alemanha nazista e à Itália fascista. A decisão do presidente Getúlio Vargas foi tomada depois da carnificina levada a cabo pelo submarino alemão U-507, que – entre os dias 15 e 17 de agosto de 1942 – afundou cinco embarcações nacionais na costa do Nordeste, causando a morte de 607 brasileiros.
O episódio, que resultou em uma intensa revolta popular e deu início à perseguição aos imigrantes de origem e alemã e italiana em todo o país, é narrado em detalhes no livroU-507 – O submarino que afundou o Brasil na Segunda Guerra Mundial, que acaba de ser relançado pela Editora Besouro Box, na caixa especial “Submarinos”.
Além do “U-507”, também integra o box o livro “U-93 – A entrada do Brasil na Primeira Guerra Mundial”. Em outubro próximo, completa-se um século do ingresso do país na chamada Grande Guerra, ocorrido em 1917.
Os box "Submarinos" custa R$ 89, com frete grátis para todo o Brasil e pode ser adquirido pelo site da Editora Besouro Box.

SAIBA MAIS

BOX SUBMARINOS
Vendas: exclusivas pelo site da Editora Besouro Box (www.besourobox.com.br)
Preço: R$ 89
Frete: grátis para todo o Brasil (entrega em até 10 dias úteis)

LIVRO U-507
Páginas: 284
Prefácio: Luis Fernando Verissimo, escritor, cronista e músico
Lançamento: 2012
Sinopse: entre os dias 15 e 17 de agosto de 1942, o submarino alemão U-507 torpedeou cinco navios brasileiros na costa nordestina, entre Sergipe e Bahia, deixando um total de 607 mortos. O Brasil, que até então se declarava neutro, de repente se viu obrigado a abandonar a posição de não beligerante. Diante da revolta da população, que saiu às ruas em protesto, depredando estabelecimentos pertencentes a imigrantes alemães, italianos e japoneses, o presidente Getúlio Vargas declarou guerra ao Eixo poucos dias depois.

LIVRO U-93
Páginas: 320
Prefácio: João Barone, músico, escritor e aficionado por guerras
Lançamento: 2014
Sinopse: a obra conta o processo que levou ao envolvimento do Brasil na Grande Guerra, em 1917, três anos após o começo do conflito. O incidente que obrigou o então presidente Wenceslau Escobar a declarar beligerância à Alemanha foi o afundamento do navio Macau, com o sequestro do comandante, Saturnino Furtado de Mendonça, e do taifeiro, Arlindo Dias dos Santos, que nunca mais foram vistos. À época, o desaparecimento dos marinheiros brasileiros gerou grande revolta popular contra os imigrantes germânicos em todo o país.

domingo, 14 de setembro de 2014

"Por mais terras que eu percorra"

O jornalista Marcelo Monteiro, autor do livro "U-507", foi um dos entrevistados do primeiro episódio da série "Por mais terras que eu percorra", publicada na RBSTV, na série Curtas Gaúchos, que relembra a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. A série foi realizada em razão da passagem dos 70 anos da Força Expedicionária Brasileira (FEB), enviada à Itália para combater os nazistas e fascistas, em 1944.
 Confira o primeiro episódio neste link.


Os links dos quatro episódios da série "Por mais terras que eu percorra".:

Episódio 1
http://globotv.globo.com/rbs-rs/curtas-gauchos-especiais-de-sabado/v/veja-o-primeiro-episodio-do-curta-por-mais-terras-que-eu-percorra/3492161/

Episódio 2
http://globotv.globo.com/rbs-rs/curtas-gauchos-especiais-de-sabado/v/veja-o-segundo-episodio-da-serie-por-mais-terras-que-eu-percorra/3507085/

Episódio 3
http://globotv.globo.com/rbs-rs/curtas-gauchos-especiais-de-sabado/v/confira-o-terceiro-episodio-da-serie-por-mais-terras-que-eu-percorra/3521957/

Episódio 4
http://globotv.globo.com/rbs-rs/curtas-gauchos-especiais-de-sabado/v/veja-o-quarto-episodio-da-serie-por-mais-terras-que-eu-percorra/3536515/

Autor no Diário do Campus

Marcelo Monteiro, autor dos livros "U-507" e "U-93", concedeu entrevista ao Diário do Campus, da Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. O tema foi a participação do Brasil nas Grandes Guerras. Confira nos vídeos abaixo.



quarta-feira, 18 de setembro de 2013

"U-507" é finalista do Jabuti 2013


O livro "U-507 - O submarino que afundou o Brasil na Segunda Guerra Mundial" está entre os 10 finalistas do Prêmio Jabuti 2013, na categoria Livro-Reportagem. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (18), pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). O anúncio dos vencedores de cada categoria será feito em 17 de outubro. Confira abaixo os 10 finalistas da categoria:

1º - AS DUAS GUERRAS DE VLADO HERZOG: DA PERSEGUIÇÃO NAZISTA NA EUROPA À MORTE SOB TORTURA NO BRASIL - AUDÁLIO DANTAS - EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA
2º - DIAS DE INFERNO NA SÍRIA - KLESTER CAVALCANTI – EDITORA SARAIVA
3º - MÃOS QUE FAZEM HISTÓRIA - CRISTINA PIONER E GERMANA CABRAL - EDITORA VERDES MARES
4º - DIGNIDADE! – VÁRIOS AUTORES - LEYA
5º - CARCEREIROS - DRAUZIO VARELLA - COMPANHIA DAS LETRAS
6º - 1943 ROOSEVELT E VARGAS EM NAT
7º - LUZES DA ÁFRICA: PAI E FILHO EM BUSCA DA ALMA DE UM CONTINENTE - HAROLDO CASTRO - EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA
8º - U-507 - O SUBMARINO QUE AFUNDOU O BRASIL NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - MARCELO MONTEIRO – EDITORA SCHOBA
9º - NABUCO EM PRETOS E BRANCOS - FABIANA MORAES - MASSANGANA
10º - O FOLE RONCOU! UMA HISTÓRIA DO FORRÓ - CARLOS MARCELO E ROSUALDO RODRIGUES – EDITORA ZAHAR
AL - ROBERTO MUYLAERT - EDITORA BÚSSOLA

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Webdoc lembra declaração de guerra


Há 71 anos, em 22 de agosto de 1942, o Brasil declarava estado de beligerância à Alemanha e à Itália. O anúncio foi feito pelo presidente Getúlio Vargas, que sofria intensa pressão popular, depois do torpedeamento de cinco navios brasileiros pelo submarino nazista U-507, causando 607 mortes, no litoral nordestino. Dias depois, em 31 de agosto, o governo declararia guerra aos dois países. Para lembrar o episódio, o jornal Zero Hora publicou nesta quinta-feira um webdocumentário, no qual náufragos do navio Itagiba relembram o episódio. Assista ao webdoc no site de Zero Hora.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Livro chega à segunda edição

A partir desta semana, os leitores que adquirirem o livro "U-507 - O submarino que afundou o Brasil na Segunda Guerra Mundial" receberão exemplares da segunda edição. Elaborada pela Pubblicato Design Editorial, de Porto
Alegre, a nova edição tem 284 páginas, repletas de ilustrações e com um visual elegante e atrativo. Conheça mais sobre o trabalho da Pubblicato no site www.pubblicato.com.br.

sábado, 11 de maio de 2013

Guerra, caminho sem volta

Enquanto o anúncio oficial não acontece por parte do governo, os estudantes universitários do Rio de Janeiro resolvem eles próprios declarar guerra aos colegas alemães, italianos e japoneses. Por meio de um manifesto, pregam que a mesma medida seja adotada nos outros estados.Depois de “agressão”, “atentado”, “covardia” e “revolta”, a palavra da vez em todo o País é “guerra”. É isso o que os brasileiros parecem querer em todos os cantos do território nacional. Só uma declaração desse gênero pode aplacar os ânimos. É um caminho sem volta.

sábado, 20 de abril de 2013

A patrulha contra a quinta-coluna


O temor de algum incidente envolvendo as casadas é a principal razão para que o comandante José Ricardo não aprove e até condene, sempre que possível, os contatos da sua tripulação e também dos jovens militares com os passageiros civis – principalmente as passageiras. A carranca do manda-chuva da embarcação rendeu, nos cochichos entre os soldados, o boato de que ele seria um “quinta-coluna”, como são conhecidos os colaboradores e espiões do Eixo infiltrados no País.
O termo, que designa os possíveis inimigos camuflados nas entranhas brasileiras, surgiu no fim da década anterior, na Espanha. O líder fascista espanhol Francisco Franco preparava uma marcha com quatro colunas de soldados sobre Madri, enquanto uma “quinta coluna”, clandestina, esperava-o para apoiá-lo na capital espanhola. Agora, na Segunda Guerra, a expressão ganhou força em alusão aos contingentes que apoiam as ações nazistas em todos os continentes, atuando como sabotadores, espiões, propagandistas ou simples simpatizantes dos ideais do Terceiro Reich.
No Brasil, qualquer um que pareça suspeito de algum desses predicados já é chamado, muitas vezes sem saber disso, de quinta-coluna. É o caso de José Ricardo, olhado de esguelha por alguns soldados. O comandante, porém, é apenas um homem sério e zeloso do bem-estar em seu navio – embora, por vezes, seu aspecto rude contribua para o contrário, como acontece com os praças do Grupo de Artilharia de Dorso.

(TRECHO DO LIVRO "U-507")

domingo, 14 de abril de 2013

Palestra na ESPM-Sul

Na última quinta-feira (11), o autor do livro "U-507" palestrou na Semana do Jornalista da ESPM-Sul, em Porto Alegre. Na palestra, Monteiro falou aos alunos da Faculdade de Jornalismo sobre os desafios encontrados na produção de uma reportagem histórica. Confira a reportagem no site da ESPM-Sul.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Os 28 do Baependy

"Depois de remar durante a noite inteira ajudados pelo vento – alguns sobreviventes revezavam-se tirando a água da baleeira com um balde –, os 28 náufragos do Baependy explodem de alegria ao enxergarem a costa. Apesar da penumbra da passagem da noite para o dia, já é possível visualizar no horizonte a estreita faixa de areia branca.
No entanto, ainda são necessárias muitas remadas até que se alcance a terra firme. Perto da praia, a baleeira chacoalha perigosamente diante da forte rebentação. Mais alguns metros e, enfim, os sobreviventes estão a salvo. O capitão Lauro Moutinho dos Reis, que chegou a pensar que morreria no momento em que fora puxado para o mar com o Baependy, está radiante. Depois de tudo o que passou, seu coração pula de alegria, como se quisesse saltar peito afora. O grupo chega a uma praia deserta, a cerca de 30 quilômetros da barra do rio Real."

(TRECHO DO LIVRO "U-507")

sábado, 6 de abril de 2013

Façanhas assinadas

"Como em suas casas, os comandantes dos U-boots gostam de personalizar a torre de suas embarcações. Os desenhos são como carimbos, espécies de assinaturas para as suas façanhas bélicas – na aflição de salvar a própria pele, um sobrevivente de um navio torpedeado certamente irá lembrar-se muito mais de uma figura colorida pintada na torre do que de um número qualquer estampado no casco do submarino.
No começo de 1942, assim que os testes de mar e os treinamentos foram concluídos, Schacht ordenou a pintura de um porco sorridente, com o nariz e a boca cor-de-rosa, em ambos os lados da torre de comando do U-507. Mais tarde, quando começou a tornar-se famoso por suas façanhas, mudou a caricatura para um simpático cachorro, pintado em branco, sobre um fundo cinza escuro.
No U-506, o segundo submarino a chegar ao Golfo do México, o comandante Erich Wüdermann preferiu a figura de um homem usando uma cartola e carregando dois baldes de água, conhecido como Hummel Hummel. Para os estrangeiros, pode até parecer um enigma, mas, para os alemães, é uma referência bem familiar. A figura representa um dos símbolos da cidade de Hamburgo, inspirado em Johann Wilhelm Bentz, um popular que viveu na cidade por volta de 1800. Desajeitado e mal-humorado, sempre que saía para buscar água, o sujeito era alvo de gozações das crianças locais, que o provocavam com um ingênuo xingamento da época. Indignado, o cidadão mostrava as nádegas para as crianças e respondia com muito menos ingenuidade. Com o passar das décadas, tal figura transformou-se em uma celebridade hamburguesa, inspirando desenhos e esculturas espalhadas por todos os cantos da cidade. Agora, na guerra, sua fama ganha o mundo graças à pintura no casco do U-506."

terça-feira, 2 de abril de 2013

"Manobras livres" no Brasil

"Apesar de jovem, Harro Schacht pode ser considerado um comandante experiente. Até chegar à sua terceira patrulha pelo Atlântico Sul, já atacou 10 embarcações inimigas, provocando o afundamento de nove delas. Por isso, a ordem que recebeu há alguns dias foi encarada com naturalidade. Em 7 de agosto, o comandante das operações no Atlântico, Karl Dönitz, enviou-lhe por rádio uma mensagem autorizando-o a usar “manobras livres” ao longo da costa brasileira. Em outras palavras, diante da escalada de hostilidades entre Brasil e Alemanha desde o rompimento das relações diplomáticas, não há mais qualquer restrição a ataques a navios brasileiros, tanto em alto-mar quanto em regiões próximas à costa.
Pouco mais de dois anos antes, em 15 de maio de 1940, Dönitz realizou uma espécie de teste no Atlântico, com apenas um submarino. O U-37, primeiro submersível a deixar a costa da Noruega após a invasão do país, ordenada por Hitler em 1º de março, na Operação Weserübung, foi enviado ao Atlântico para medir a vulnerabilidade da esquadra britânica. Usando torpedos e armas de convés, em apenas duas semanas conseguiu afundar 11 navios mercantes inimigos. O teste foi um sucesso. Além de minar a confiança inglesa, a ação levantou o moral dos alemães. Radiante, Dönitz mandou preparar duas flotilhas de submarinos para uma operação muito maior e mais bem planejada.
O fato, somado ao afundamento do couraçado alemão Bismarck, um gigante de 42 mil toneladas, no ano anterior, no Estreito da Dinamarca, contribuiu para que os nazistas decidissem mudar de estratégia, passando a apostar nos U-boots como sua principal arma contra os comboios aliados. Agora, a Alemanha mantém um verdadeiro arsenal submarino – e o Brasil também está na sua mira."

(TRECHO DO LIVRO "U-507")

quarta-feira, 13 de março de 2013

Autor dá palestra em Rondônia


Na última sexta-feira (8), o autor do livro "U-507", Marcelo Monteiro, palestrou em Porto Velho (RO), na aula inaugural do curso de pós-graduação em Jornalismo da Faculdade Santo André. Durante cerca de duas horas, Monteiro falou sobre os desafios e as dificuldades encontradas no processo de produção da obra, lançada nacionalmente em agosto de 2012. O evento recebeu um público de cerca de 70 pessoas, entre estudantes de comunicação, jornalistas, historiadores e autoridades. A atividade se encerrou com um pronunciamento do diretor Departamento de Comunicação do Governo de Rondônia (Decom), o jornalista Júlio Olivar. Veja mais fotos do evento na fan page do U-507 no Facebook.

sábado, 9 de março de 2013

Mentiras cifradas

"Nos bastidores diplomáticos, os alemães prosseguem em seu trabalho silencioso para tentar incriminar o Brasil e, de alguma forma, amenizar o ataque maciço do U-507. No sábado (29), Berlim envia uma mensagem cifrada e repleta de inverdades às embaixadas alemãs em Buenos Aires e Santiago, informando que, “conforme noticiado pela imprensa brasileira”, o embaixador do Brasil em Montevidéu, João Batista Luzardo, admitira publicamente a parcela de culpa do País nos atentados. “Os navios partiram do Rio, em comboio, para Pernambuco, a fim de transportar tropas. Nas imediações do litoral, perto de Sergipe, foi de repente avistado um submarino, a curta distância do navio-transporte Baependy. O navio-transporte ameaçou em seguida o submarino, que respondeu com torpedo. O torpedo acertou no centro do navio. Durante a luta com os demais navios, conforme as declarações do embaixador brasileiro, foi aniquilado também o submarino do Eixo.” Anos mais tarde, Luzardo desmentiria todas as declarações que lhe foram atribuídas pelos nazistas."

(TRECHO DO LIVRO "U-507")