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sábado, 9 de fevereiro de 2019

Um duro golpe na indecisão de Getúlio Vargas


Vargas na reunião com ministros que decidiu pela entrada na guerraDécadas depois de o presidente Getúlio Vargas enviar a Força Expedicionária Brasileira ao front europeu, as razões que levaram o País a entrar na SegundaGuerra Mundial ainda são alvo de grandes discussões. Durante muitos anos – e principalmente no período do conflito –, o Brasil posicionou-se como uma vítima de uma série de atentados inesperados, covardes e traiçoeiros, impelida pelas circunstâncias a lutar por sua honra e a buscar a vingança nos campos de batalha.
Uma análise mais distanciada da emoção que tomou conta da nação naquele agosto de 1942, quando mais de 600 brasileiros morreram nos afundamentos de cinco navios na costa nordestina, mostra que, sim, o Brasil foi vítima de atentados covardes e traiçoeiros. Entretanto, levando-se em conta a postura do governo brasileiro, tais ataques nunca poderiam ser classificados – como foram – de inesperados.
Desde os primeiros anos do conflito mundial, deflagrado em 1939, o Brasil mantinha-se oficialmente como um país neutro. Mais próximo ideologicamente dos regimes totalitários alemão e italiano do que da democracia norte-americana, o ditador brasileiro era visto na política internacional como um possível parceiro do Eixo caso resolvesse tomar partido no conflito. Apelidada de “Polaca”, a Constituição outorgada por Vargas em 30 de novembro de 1937, inclusive, inspirava-se nas leis fascistas do polonês Józef Pilsudski, morto em 1935, e incluía artigos claramente copiados do regime italiano de Benito Mussolini, o que aproximava ainda mais o Brasil das ditaduras europeias, ao menos do ponto de vista ideológico. Outro fato que demonstrou a proximidade com o Eixo foi a deportação, a pedido de Berlim, da judia Olga Benário, militante comunista de origem alemã, companheira de Luís Carlos Prestes.
Por outro lado, a presença de Oswaldo Aranha, ex-embaixador do País em Washington e, desde 1938, ministro do Exterior, garantia aos Estados Unidos um sólido alicerce dentro do governo brasileiro. Além disso, durante os primeiros anos do conflito, as vantagens comerciais oferecidas pelo livre comércio, o financiamento da Companhia Siderúrgica Nacional e o aparelhamento militar brasileiro com recursos americanos – apenas para citar algumas razões – aproximaram decisivamente o Brasil dos Estados Unidos.
Até Walt Disney fez sua parte para promover a aliança entre os dois países. Hospedado no Copacabana Palace Hotel, no Rio, no começo dos anos 1940, o produtor e cineasta americano criou o personagem Zé Carioca, um retrato estereotipado do brasileiro, visto pelos irmãos do norte como um sujeito preguiçoso, mas, ao mesmo tempo, divertido. Em 1941, a criação do Ministério da Aeronáutica e da Força Aérea Brasileira, também com participação decisiva americana, selou de vez um possível pacto em caso de entrada dos dois países na guerra.
No fim daquele mesmo ano, em dezembro, o ataque japonês a Pearl Harbor precipitou o ingresso dos Estados Unidos no conflito. Um mês depois, em janeiro de 1942, o Brasil rompeu relações diplomáticas com o Eixo. O gesto, que enfureceu Adolf Hitler, foi o marco para a escalada de agressões e intimidações que se seguiram, tornando irreversível a opção de Getúlio Vargas pelo lado norte-americano.
No início de 1942, os alemães realizavam uma intensa campanha submarina no Atlântico, a chamada operação Rufar dos Tambores (Paukenschlag), visando a impedir a chegada de suprimentos à indústria bélica americana. Após o rompimento de relações diplomáticas entre os dois países, os navios brasileiros – muitos deles carregados de borracha, usada em esteiras de tanques e em correias de motores – passaram a ser vistos como alvos extremamente aprazíveis para os submarinos nazistas.
Em 15 de fevereiro, o cargueiro Buarque foi o primeiro a ser atacado, próximo à costa americana. Depois disso, seguiu-se uma série de torpedeamentos a embarcações nacionais. Até julho, 15 navios brasileiros haviam sido atingidos, todos fora da costa do País, totalizando 136 mortos.
Àquela altura, os diplomatas alemães já não se esforçavam para justificar supostos enganos nos ataques a embarcações brasileiras. Nas entrelinhas, a mensagem era clara: não havia engano algum – e o Brasil estava pagando o preço por sua escolha.
Para que Getúlio se desse por conta de que não havia como voltar atrás em sua opção pela trincheira aliada, faltava apenas um acinte à soberania nacional, um ataque deliberado a uma cidade brasileira ou a embarcações nacionais na costa do País. Entre 15 e 17 de agosto, Hitler deu a Vargas o empurrão que faltava para que este descesse do muro de sua hesitação.
Após o torpedeamento de cinco navios na costa nordestina, em um intervalo de menos de 72 horas, o povo tomou as ruas e exigiu a entrada do Brasil na guerra. Por todo o território nacional, estudantes, sindicalistas, políticos e empresários manifestaram sua revolta contra os atentados.
Em várias cidades, empreendimentos comerciais pertencentes a imigrantes do Eixo foram depredados. Placas com nomes italianos foram arrancadas e bandeiras nazistas, queimadas em praça pública. No Rio de Janeiro, estudantes passaram a perseguir os colegas de origem italiana, alemã e japonesa. Sem saída, Getúlio Vargas declarou estado de beligerância ao Eixo em 22 de agosto.
Curiosamente, repetia-se o roteiro de 1917, quando, depois de ataques de submarinos alemães a vapores brasileiros, o País decidira entrar na Primeira Guerra Mundial. Na ocasião, forçado por uma imensa revolta popular, o presidente Venceslau Brás optou pela trincheira aliada. Vinte e cinco anos depois, chegava a hora de Getúlio Vargas tomar uma atitude. Com o orgulho novamente ferido por um U-Boot, o Brasil abandonou definitivamente a neutralidade e, em 31 de agosto, declarou guerra à Alemanha e à Itália.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

U-507, um pirata à espreita no litoral brasileiro

Schacht comandou ofensiva nazista contra navios brasileiros em 1942
Harro Schath
Sexta-feira, 14 de agosto de 1942. Passam apenas cinco minutos da meia-noite. Em um ponto próximo ao Cabo de Santo Agostinho, no litoral pernambucano, o submarino alemão U-507 avista uma embarcação iluminada, sinalizada possivelmente em função da baixa visibilidade na região. A chuva, acompanhada de um forte vento, reduz o campo de visão para apenas 4 milhas marinhas. Acreditando tratar-se de um navio inimigo, Harro Schacht ordena a aproximação. Contudo, à medida que consegue chegar mais próximo da possível presa, percebe tratar-se de um mercante argentino, sinalizado como embarcação neutra. Devido à luminosidade escassa, Schacht não identifica o nome do navio, mas, de toda forma, sabe que não há razão para um ataque. Assim, decide voltar ao antigo curso. Metódico e disciplinado, o oficial de 34 anos está irritado com a série de falhas ocorridas recentemente em seu submarino. Durante a patrulha anterior, no Atlântico Norte, diversos problemas nos armamentos prejudicaram a eficiência bélica do U-boot. Por isso, o comandante inicia agora uma checagem geral na sala de torpedos de proa.
O interior do U-507 é dividido em cinco compartimentos consecutivos. De trás para a frente – no jargão marítimo, da popa para a proa –, primeiro, há a sala de torpedos traseira, que também serve como área de alojamento da tripulação. Em seguida vêm a cabina de baterias, também usada como estalagem dos oficiais e onde fica um pequeno banheiro; a sala de controle, localizada bem no centro da embarcação; o compartimento de máquinas, onde estão os motores elétricos e a diesel; e, finalmente, a sala de torpedos de proa, que também serve de alojamento a alguns marujos. Cada divisão tem entre cinco e sete metros de extensão por cerca de quatro metros de largura, com passagens estreitas entre elas, algumas em formato circular.
A classe IX, da qual faz parte o U-507, é a mais avançada da Kriegsmarine em termos tecnológicos. Os espaços internos são planejadamente ocupados, e as paredes, recobertas por canos, válvulas e mostradores. No teto, há locais onde são armazenadas dezenas de colchonetes. Com cuidado, Schacht examina a barulhenta e quase insuportavelmente abafada casa de máquinas. Cada mostrador é analisado demoradamente pelo capitão, que sente o suor escorrer-lhe em abundância pelo rosto, diante dos olhares atentos de dois auxiliares.
Nascido em 1907, em Cuxhaven, o comandante do U-507 iniciou sua carreira naval muito jovem, em 1926, aos 19 anos, como aspirante a oficial. Ao servir nos cruzadores Emden e Nürnberg, Harro Schacht conseguiu tanto destaque entre os colegas que, em 1936, após alcançar os postos de alferes, cadete, segundo e primeiro-tenente, foi chamado para assumir um posto importante no Oberkommando der Marine, o alto comando da Marinha alemã, já na condição de capitão-tenente. No entanto, os gabinetes não combinavam com o seu estilo.
Apesar da proximidade do poder, a rotina enfadonha dos telefones e das máquinas de escrever não lhe seduzia. Depois de cinco anos no OKM, Schacht agora dá as ordens em um submarino IX-C, a segunda classe de U-boats em importância na Marinha de Guerra alemã, a chamada Kriegsmarine. Desde 1941, após um período de treinamento em alto-mar e de uma breve patrulha no U-522, sob tutela do comandante Erich Topp, ele lidera o U-507, que navega no Atlântico com outros 47 marinheiros. Casado, Schacht deixou a esposa em Hamburgo. Apesar de serem parte da elite militar alemã, trancados em um grande tubo de metal, os marujos precisam lidar com a falta de alguns itens básicos, como um simples banho, para eles considerado um luxo em dias de guerra. Com o submarino no mar desde 4 de julho, eles estão há mais de um mês sem enxergar um chuveiro.
 Além do próprio cheiro exalado pelo funcionamento do U-boot, o odor na cabine mistura fumaça de cigarro, suor e outros aromas corporais que tornam a sobrevivência um permanente teste para o estômago. Por isso, nos submarinos, ao contrário do Exército, da Força Aérea e até mesmo de outras embarcações da Marinha alemã, não há uma preocupação em relação ao uniforme – para suportar o calor com alguma dignidade, a maioria dos soldados veste apenas calça com suspensório e camiseta. E, neste aspecto, Harro Schacht mantém uma silenciosa condescendência para com os seus subalternos. Fabricado em 1940, o submarino tem 1.120 toneladas de deslocamento na superfície, com 76,76 metros de comprimento. Movido por uma combinação de motores diesel e elétrico, quando submerso só pode usar a propulsão elétrica, que, ao contrário dos motores a combustão, não precisa de ar.
Em contrapartida, a navegação submersa se dá a uma velocidade bastante inferior, a apenas 4 nós, cerca de 7,5 quilômetros horários, enquanto, na superfície, a diesel, o U-507 pode alcançar 10 nós, ou 18,5 quilômetros por hora. Contudo, o principal está nas duas pontas da embarcação: na proa e na popa, duas salas podem carregar, juntas, até 22 torpedos, cada um deles capaz de afundar um navio de grande porte.
Apesar de jovem, Schacht pode ser considerado um comandante experiente. Até chegar à sua terceira patrulha pelo Atlântico Sul, já atacou 10 embarcações inimigas, provocando o afundamento de nove delas. Por isso, a ordem que recebeu há alguns dias foi encarada com naturalidade. Em 7 de agosto, o comandante das operações no Atlântico, Karl Dönitz, enviou-lhe por rádio uma mensagem autorizando-o a usar “manobras livres” ao longo da costa brasileira. Em outras palavras, diante da escalada de hostilidades entre Brasil e Alemanha desde o rompimento das relações diplomáticas, não há mais qualquer restrição a ataques a navios brasileiros, tanto em alto-mar quanto em regiões próximas à costa. Pouco mais de dois anos antes, em 15 de maio de 1940, Dönitz realizou uma espécie de teste no Atlântico, com apenas um submarino. O U-37, primeiro submersível a deixar a costa da Noruega após a invasão do país, ordenada por Adolf Hitler em 1º de março, na Operação Weserübung, foi enviado ao Atlântico para medir a vulnerabilidade da esquadra britânica. Usando torpedos e armas de convés, em apenas duas semanas conseguiu afundar 11 navios mercantes inimigos. O teste foi um sucesso. Além de minar a confiança inglesa, a ação levantou o moral dos alemães.
Karl Doenitz (à esquerda) e Adolf Hitler
Karld Doenitz e Adolf Hitler
Radiante, Dönitz mandou preparar duas flotilhas de submarinos para uma operação muito maior e mais bem planejada. O fato, somado ao afundamento do couraçado alemão Bismarck, um gigante de 42 mil toneladas, no ano anterior, no Estreito da Dinamarca, contribuiu para que os nazistas decidissem mudar de estratégia, passando a apostar nos U-boots como sua principal arma contra os comboios aliados. Agora, a Alemanha mantém um verdadeiro arsenal submarino – e o Brasil também está na sua mira.
Harro Schacht é o legítimo ariano, como nos melhores sonhos de raça pura do führer. Louro, olhos claros, pele branca e lisa como seda, cabelo fino e repartido como o de Hitler, Schacht já se mostrou destemido, dedicado e impiedoso em ação, o típico oficial disposto a qualquer coisa pelo Terceiro Reich. Em sua mesa no comando das operações navais, em Berlim, Karl Dönitz sabe que a tarefa que acaba de transmitir – aniquilar qualquer coisa que se mova nas águas territoriais brasileiras – está em boas mãos.
Decidido e abnegado, o capitão de corveta sabe ser implacável quando a situação assim o exige. Suas feições frequentemente rudes e seu olhar severo lembram o líder supremo nazista, transparecendo uma força de comando e persuasão quase hipnótica sobre os marujos – exatamente como o führer. Na batalha, Karl Dönitz projeta em Harro Schacht um soldado insensível, quase desumano. Na guerra, é preciso haver homens desse tipo.

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

1942, o ano em que a guerra bateu à nossa porta

Para entender o contexto dos acontecimentos relatados no livro "U-507 - O submarino que afundou o Brasil na Segunda Guerra Mundial", é preciso situar-se em uma época completamente diferente, principalmente dos pontos de vista cultural e tecnológico. Sete décadas atrás, as fontes de informação resumiam-se ao rádio e aos jornais.

A TV só chegaria ao Brasil em 1950, trazida pelo empresário Assis Chateaubriand e, ainda assim, estava longe do que se pode chamar de veículo de comunicação de massa, uma vez que, inicialmente, poucos eram os brasileiros que tinham condições de adquirir a novidade. Já a Internet não existia nem nos melhores sonhos dos mais ousados inventores da época.

Se hoje é possível ouvir rádio no carro, no celular ou via satélite, nos anos 1940, o – ainda hoje – mais ágil dos meios de comunicação não tinha agilidade alguma. Maior parte dos modelos de aparelhos valvulados, que pesavam o mesmo que um fogão, raramente saía da sala de estar, onde as famílias reuniam-se para ouvir música – Tico-tico no fubá, composta em 1917 por Zequinha Abreu, era um dos sucessos da época, regravado por Carmen Miranda em 1939 – ou as últimas notícias do mundo lá fora.

O transistor, que possibilitaria a criação de aparelhos menores, só surgiria em 1947, dois anos depois do fim da Segunda Guerra. Já o primeiro rádio de pilha e portátil só foi apresentado ao mundo em 1954.

Os jornais também desempenhavam um grande papel na disseminação das informações entre a população. Entretanto, pelo fato de chegarem às casas dos leitores com pelo menos um dia de atraso em relação ao exato momento em que os fatos se sucediam – ao contrário do rádio, da TV e da Internet, que hoje conseguem ser quase instantâneos –, os diários contribuíam, como os carros de boi e as poucas estradas pavimentadas, para a letargia das notícias até sua chegada à população em todo o território nacional.

Como se não bastasse, informações relacionadas a assuntos nacionais eram controladas pelo Departamento de Imprensa e Propaganda, órgão do governo federal. Como todo ditador que se preze, Vargas vigiava cuidadosamente o trabalho da imprensa.

Nos anos 1940, o mundo, definitivamente, era muito diferente dos dias atuais. Mesmo em cidades quentes e litorâneas como a então capital federal, Rio de Janeiro, a maioria dos homens vestia-se com alguma classe, trajando ternos bem alinhados, que muitos combinavam com elegantes chapéus. Entre as mulheres, eram comuns os chapéus e os lenços.

Nas ruas, roncavam automóveis importados, montados no Brasil, como o Ford Lincoln, o Chrysler Airflow e o Chevrolet “Cabeça de Cavalo”.

Na guerra, como no dia a dia, as coisas também eram muito diferentes. Se hoje os conflitos são travados com mísseis supersônicos, durante a Segunda Guerra os embates se davam com tanques, canhões, revólveres, pistolas, submetralhadoras e granadas.

Nas águas, palco da carnificina dos navios Baependy, Araraquara, Aníbal Benévolo, Itagiba e Arará, o sonar – instrumento usado na detecção de obstáculos sob a água – não era tão eficiente e raras eram as embarcações que contavam com o dispositivo. Somente a partir de 1943 é que a tecnologia seria aperfeiçoada, ajudando a localizar e neutralizar os submarinos alemães.

Além do próprio sonar, que mais tarde passaria a detectar até mesmo U-Boots (abreviação de “unterseeboot”) com motores desligados, os aliados ainda aperfeiçoariam seus sistemas de radar e desenvolveriam equipamentos capazes de localizar os submarinos a partir de suas transmissões de rádio. Contudo, até que isso acontecesse, centenas de navios – como os brasileiros – e milhares de pessoas já haviam sido sacrificados pelos ataques dos submersíveis.

De dentro das embarcações inimigas, os nazistas monitoravam as transmissões de rádio dos navios aliados, especialmente nas frequências de emergência internacional. Graças à interceptação de mensagens telegráficas e de informações repassadas pelo serviço secreto alemão, os comandantes sabiam se havia barcos em seu raio de ação e, depois de localizá-los – alguns U-boots (em inglês, “U-boat”, de “undersea boat”) dispunham de radares –, apenas aguardavam o momento exato de disparar seus torpedos.

Do outro lado, sem detectar a presença inimiga, as embarcações aliadas tornavam-se alvos fáceis quando localizadas. Sem perceberem a proximidade dos submarinos, eram rastreadas por horas sem desconfiar de nada, até serem impiedosamente atacadas, sem a menor chance de defesa.

Ao ler este livro, imagine-se dentro desse ambiente, diferente, mas dolorosamente real, no contexto de um conflito que viria a ser o mais letal de todos os tempos, causando a morte de 70 milhões de pessoas. A seguir, confira alguns dos principais fatos de 1942, o ano em que entramos em guerra.



Brasil

•       Inaugurada a Ponte das Bandeiras, em São Paulo. Com um vão de 60 metros sobre o rio Tietê, a estrutura custou à Prefeitura 4.500 contos de réis.

•       Em 5 de julho, é inaugurada a cidade de Goiânia.



Política

•       Em 9 de agosto, Mahatma Gandhi é preso, junto com outros dirigentes do Congresso Nacional da Índia.



Música

•       Em 7 de agosto, nasce Caetano Veloso.

•       Nas rádios, Ataulfo Alves faz sucesso com o samba Ai, que saudade da Amélia, parceria com Mário Lago.

•       Nos Estados Unidos, o trompetista Dizzy Gillespie compõe A night in Tunisia, considerado até hoje um dos maiores clássicos do jazz.

•       Surge White Christmas, de Bing Crosby, uma das canções de Natal mais executadas em todos os tempos, com mais de 50 milhões de cópias vendidas.



Cinema

•       Lançados o filme Casablanca e o desenho animado Bambi, de Walt Disney.

•       Nos cinemas do Brasil, um dos filmes em cartaz é O grande ditador, de Charlie Chaplin, lançado em 1940.



Quadrinhos

•       Lançado em maio de 1939, na revista Detective Comics, Batman aparece no Brasil pela primeira vez, no Globo Juvenil, com o nome de Morcego Negro. Mais tarde, ele passaria a chamar-se Homem Morcego.



Esporte

•       Devido à guerra, a Copa do Mundo não é realizada.

•       Por causa da identificação com o Eixo, o Palestra Itália passa a chamar-se Sociedade Esportiva Palmeiras. O clube, aliás, conquistou o Campeonato Paulista daquele ano.

•       O jornalista Thomaz Mazzoni, de A Gazeta Esportiva, batiza o clássico entre Corinthians e São Paulo de “Majestoso”. O jogo, que marcou a estreia de Leônidas da Silva no Tricolor e terminou empatado em 3 x 3, em 7 de março de 1942, teve um público de 70.281 pessoas no Pacaembu.


Estado/Campeão

AL: CSA

AM: Nacional

BA: Galícia

CE: Ceará

DF: Flamengo

ES: Rio Branco

MA: Sampaio Corrêa

MG: Atlético Mineiro

PA: Paysandu

PB: Ástrea

PE: Sport

PI: Flamengo

PR: Coritiba

RJ: Royal

RN: América

RS: Internacional

SC: Avaí

SE: Cotinguiba

sábado, 5 de maio de 2018

Compre pelo PagSeguro, com FRETE GRÁTIS

Você pode adquirir o livro "U-507" – finalista do Prêmio Jabuti de Reportagem em 2013 – pelo site do PagSeguro, com pagamento por meio de cartão de crédito ou boleto bancário. O FRETE é GRÁTIS para todo o Brasil, na modalidade Registro Módico dos Correios (prazo estimado de entrega de cerca de 10 dias úteis em todo o território nacional). Clique no botão abaixo e compre já! (Você será redirecionado para a página de pagamento do PagSeguro).


domingo, 14 de setembro de 2014

"Por mais terras que eu percorra"

O jornalista Marcelo Monteiro, autor do livro "U-507", foi um dos entrevistados do primeiro episódio da série "Por mais terras que eu percorra", publicada na RBSTV, na série Curtas Gaúchos, que relembra a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. A série foi realizada em razão da passagem dos 70 anos da Força Expedicionária Brasileira (FEB), enviada à Itália para combater os nazistas e fascistas, em 1944.
 Confira o primeiro episódio neste link.


Os links dos quatro episódios da série "Por mais terras que eu percorra".:

Episódio 1
http://globotv.globo.com/rbs-rs/curtas-gauchos-especiais-de-sabado/v/veja-o-primeiro-episodio-do-curta-por-mais-terras-que-eu-percorra/3492161/

Episódio 2
http://globotv.globo.com/rbs-rs/curtas-gauchos-especiais-de-sabado/v/veja-o-segundo-episodio-da-serie-por-mais-terras-que-eu-percorra/3507085/

Episódio 3
http://globotv.globo.com/rbs-rs/curtas-gauchos-especiais-de-sabado/v/confira-o-terceiro-episodio-da-serie-por-mais-terras-que-eu-percorra/3521957/

Episódio 4
http://globotv.globo.com/rbs-rs/curtas-gauchos-especiais-de-sabado/v/veja-o-quarto-episodio-da-serie-por-mais-terras-que-eu-percorra/3536515/