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quarta-feira, 16 de abril de 2014

"U-93" será lançado em junho

O livro-reportagem "U-93 - A entrada do Brasil na Primeira Guerra Mundial" será lançado em junho, pela Edições Besouro Box, de Porto Alegre. Nova obra de Marcelo Monteiro, autor de "U-507 - O submarino que afundou o Brasil na Segunda Guerra Mundial", o trabalho levou cerca de dois anos para ser produzido.
O lançamento deverá coincidir com as celebrações em razão do centenário do começo da Primeira Guerra, ocorrida entre 1914 e 1918. No link abaixo, leia um trecho do primeiro capítulo de "U-93", publicado pelo jornal Zero Hora:

http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/cultura-e-lazer/segundo-caderno/noticia/2014/01/leia-trecho-do-livro-que-narra-a-entrada-do-brasil-na-primeira-guerra-4400218.html

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Livro chega à segunda edição

A partir desta semana, os leitores que adquirirem o livro "U-507 - O submarino que afundou o Brasil na Segunda Guerra Mundial" receberão exemplares da segunda edição. Elaborada pela Pubblicato Design Editorial, de Porto
Alegre, a nova edição tem 284 páginas, repletas de ilustrações e com um visual elegante e atrativo. Conheça mais sobre o trabalho da Pubblicato no site www.pubblicato.com.br.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Os 28 do Baependy

"Depois de remar durante a noite inteira ajudados pelo vento – alguns sobreviventes revezavam-se tirando a água da baleeira com um balde –, os 28 náufragos do Baependy explodem de alegria ao enxergarem a costa. Apesar da penumbra da passagem da noite para o dia, já é possível visualizar no horizonte a estreita faixa de areia branca.
No entanto, ainda são necessárias muitas remadas até que se alcance a terra firme. Perto da praia, a baleeira chacoalha perigosamente diante da forte rebentação. Mais alguns metros e, enfim, os sobreviventes estão a salvo. O capitão Lauro Moutinho dos Reis, que chegou a pensar que morreria no momento em que fora puxado para o mar com o Baependy, está radiante. Depois de tudo o que passou, seu coração pula de alegria, como se quisesse saltar peito afora. O grupo chega a uma praia deserta, a cerca de 30 quilômetros da barra do rio Real."

(TRECHO DO LIVRO "U-507")

quinta-feira, 7 de março de 2013

Erro político

"Em seu livro de memórias, publicado em 1968, o almirante Karl Dönitz, que em 1943 assumiu o comando da Marinha alemã, substituindo Erich Raeder, admitiu ter sido um erro político a ação levada a cabo pelo U-507 na costa brasileira. “Posto que isso em nada alterasse a nossa amizade para com o Brasil, que já havia tomado parte em atos hostis contra nós, foi evidentemente um erro ter impelido o Brasil a uma declaração de guerra oficial: politicamente, nós deveríamos ter sido advertidos no sentido de evitar tal procedimento; os comandantes de flotilha, entretanto, como membros das forças armadas, não tiveram opção senão obedecer às ordens que lhes tenham sido dadas, pois não lhes competia pesar e medir suas consequências políticas.”
Após a morte de Hitler, em 30 de abril de 1945, Dönitz assumiu a presidência – posto abolido nos anos iniciais do nazismo e restabelecido somente no iminente fim do regime – por um período de 23 dias. Assim, o ex-comandante-em-chefe dos U-boots e, mais tarde, da própria Kriegsmarine, entrou para a história como o último líder do Terceiro Reich."

(TRECHO DO LIVRO U-507)

segunda-feira, 4 de março de 2013

Perseguição implacável

Alcoa Puritan, afundado pelo U-507 em 6 de maio de 1942
Algumas vezes, a lealdade de Schacht aos ideais nazistas chega ao limite em que a crueldade e a ironia tornam-se espécies de armas contra os inimigos. Em 6 de maio, dia seguinte aos ataques a Munger T.Ball e Joseph M. Cudahy, foi a vez do Alcoa Puritan cruzar o caminho do U-507. A embarcação, da Alcoa Steamship Co., de Nova York, fora construída em San Francisco, no ano anterior, e pesava 6,7 mil toneladas, com 121 metros de comprimento, 18 metros de largura e 10 metros de profundidade.
Ao meio-dia, a cerca de 80 quilômetros a sudeste do Mississipi, tripulantes avisaram o capitão Yangvar Krantz sobre a aproximação de um torpedo pela popa do navio. O comandante mandou o navio manobrar, a todo vapor, ficando completamente de costas para o projétil, deixando assim uma área menor como alvo para o U-boat. A manobra funcionou, e o torpedo passou ao largo da embarcação.
No U-507, Schacht não se deu por vencido e começou uma perseguição. Mais rápido, o submarino não teve dificuldades para alcançar o Alcoa Puritan, carregado com 10 mil toneladas de bauxita. Depois de cerca de 25 minutos de rajadas de metralhadoras do convés do submarino, um tiro certeiro de grosso calibre na cauda fez o timoneiro perder o controle do navio americano. Sem saída, Krantz ordenou o abandono da embarcação.
Irritado, o comandante do U-507 não tomou conhecimento e prosseguiu com o bombardeio. Um barco salva-vidas foi destroçado antes mesmo que os náufragos pudessem alcançá-lo. Restou aos tripulantes do Alcoa Puritan, entre eles oito sobreviventes de um navio-tanque atacado dias antes pelo submarino italiano Pietro Calvi, agarrarem-se a um bote salva-vidas e a duas pequenas balsas. Por milagre, apenas dois dos 41 tripulantes e oito passageiros ficaram feridos por estilhaços.
Mal os salva-vidas tinham sido arriados, o U-507 disparou um torpedo a bombordo do navio, que explodiu e afundou em cerca de oito minutos. Pouco depois, como de praxe em ataques desse tipo, o próprio Schacht emergiu para averiguar o sucesso de operação.
Em seguida, manobrou o submarino em direção aos náufragos, perguntou onde estava o comandante e dirigiu-se ao bote onde estava Krantz:
– Você pode agradecer ao senhor (Franklin Delano) Roosevelt por isso – disse Schacht, com um inglês impecável e uma ponta de ironia, antes de desejar que os americanos chegassem à praia em segurança. – Desculpem, eu tive que afundar o seu navio, mas esta é a guerra.

(TRECHO DO LIVRO "U-507")

domingo, 3 de março de 2013

O segundo torpedo

Além de não saberem como soltar as baleeiras, tripulantes e passageiros têm uma dificuldade a mais para lançar os barcos salva-vidas ao mar: recém-pintadas, as cordas que prendem as embarcações mantêm os nós praticamente colados.
A cerca de 300 metros, com a imagem do navio recortada no periscópio pelas luzes da capital sergipana, Harro Schacht comemora o tiro certeiro. O torpedo fez um estrago na parte posterior do casco da embarcação, registra em seu diário. Para garantir que o mercante irá afundar, o capitão dispara também o projétil do tubo 3.
Menos de um minuto depois do primeiro ataque, o novo tiro acerta em cheio os tanques de óleo combustível, causando uma grande explosão. As últimas luzes internas do Baependy se apagam. As labaredas se estendem por toda parte, atingindo quase o topo do mastro principal. O fogo e a queima do óleo deixam no ar uma fumaça sufocante e nauseabunda. Em pânico, os radiotelegrafistas sequer conseguem fazer funcionar a estação de transmissão. Não é possível nem pedir socorro.

(TRECHO DO LIVRO "U-507)